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Renato Russo
Informação geral
Nome completo
Renato Manfredini Júnior
Data de nascimento
27 de Março de 1960Rio de Janeiro, RJBrasil
Data de morte
11 de Outubro de 1996 (36 anos)Rio de Janeiro, RJBrasil
Gêneros
Pós PunkPunk RockMúsica Italiana
Instrumentos
vocalbaixoTecladosViolão
Período em atividade
19781996
Outras ocupações
compositor
Gravadoras
EMIDescobertas/Coqueiro Verde
Afiliações
Legião UrbanaAborto Elétrico
Página oficial
Página Oficial
Renato Manfredini Júnior (Rio de Janeiro, 27 de março de 1960 — Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1996), mais conhecido como Renato Russo, foi um cantor, compositor e músico brasileiro,líder da banda Legião Urbana e do Aborto Elétrico.
É considerado um dos mais importantes compositores do rock brasileiro.[1] Sua primeira banda foi o Aborto Elétrico (1978), a qual durou quatro anos, e terminou devido às constantes brigas que havia entre ele e o baterista Fê Lemos.[2] Renato herdou desta banda uma forte influência punk que influenciou toda a sua carreira. Nessa mesma época, aos 18 anos, assumiu para sua mãe que era bissexual; em 1988, assumiu publicamente.[1]
Em 1982, integrou a banda Legião Urbana. Nesta nova banda desenvolveu um estilo mais próximo ao pop e ao rock do que ao punk. Russo permaneceu na Legião Urbana até sua morte, em 11 de outubro de 1996.
Gravou ainda três discos solo e cantou ao lado de Herbert Vianna, Adriana Calcanhoto, Cássia Eller, Paulo Ricardo, Erasmo Carlos, Leila Pinheiro, Biquini Cavadão e 14 Bis

o quinto disco da legião urbana

o quinto disco da legião urbana
serenissíma a cidade de veneza

sexta-feira, 16 de abril de 2010


Renato Manfredini Júnior nasceu às 4 horas do dia 27 de Março de 1960, no bairro do Humaitá, Rio de Janeiro. Filho de Renato, economista do Banco do Brasil e de Carminha, professora de inglês, Júnior – como era chamado pelo pai - teve uma infância normal, como a de qualquer criança de classe média dos anos 60. Morava na Ilha do Governador, onde brincou de pique, andou de carrinho de rolimã e soltou pipa.

Aos sete anos, Renato e toda a família Manfredini mudaram-se para Nova Iorque, em decorrência de um curso que o pai fora fazer no exterior. Quando regressaram ao Brasil, a família foi morar em Brasília. Aos quinze anos, Renato teve uma rara doença chamada epifisiólise, que ataca os ossos. Durante dois anos, passou por diversos tratamentos e operações, e só voltaria a caminhar aos 17 anos, em 1977. Durante o tempo em que esteve em tratamento, dedicou-se a leitura. Anos depois, o sobrenome artístico “Russo” surgiria em homenagem aos filósofos que leu neste período: Jean-Jacques Rousseau, Bertrand Russell e ao pintor Naîf Henri Rousseau.

Sob a influência do punk, do rock progressivo, como Yes e Genesis, e outros nomes como The Clash, Bob Dylan e até Beach Boys, Renato estava realmente disposto a formar uma banda. E foi dessa mistura de sons que nasceria o Aborto Elétrico, banda formada por Renato (baixo), Fê Lemos (bateria) e André Pretórios (vocal). O Aborto não duraria muito tempo: André foi o primeiro a sair, por causa do alistamento militar. Em seguida, durante uma briga, Fê acertara Renato com uma baqueta.

Com o fim, as canções do Aborto Elétrico foram partilhadas: uma parte ficou com Fê, outra com Renato. O “divórcio musical” deu origem ao primeiro lote de sucessos de duas grandes bandas que viriam a surgir nos anos 80: a Legião Urbana e o Capital Inicial.

O nascimento da Legião Urbana

Com o fim do Aborto Elétrico, Renato passou um tempo se apresentando sozinho, com banquinho, voz e violão. Era o “Trovador Solitário”. Mas a solidão logo teria fim: Com Renato no baixo, e Marcelo Bonfá na bateria, surgia uma nova banda, e integrantes de bandas locais de Brasília eram convidados para assumir os vocais e guitarras - o que não deu muito certo. Logo passariam a ter integrantes fixos, como Ico Ouro Preto, que logo seria substituído por Dado Villa-Lobos. Com Renato no baixo e vocais, Bonfá na bateria e Dado nas guitarras, surgia a Legião Urbana.

Em 1983, outra banda formada em Brasília gravou Química, de Renato, em seu primeiro LP. A banda era Os Paralamas do Sucesso, de Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone. A gravação abriu caminho para que a Legião gravasse no ano seguinte seu primeiro disco, pela EMI-Odeon, a mesma gravadora dos Paralamas.

Em janeiro de 85 chegava as lojas Legião Urbana, com os sucessos Será, Geração Coca-cola e Soldados. E mais um integrante se incorporava a Legião: Renato Rocha assumia o baixo, para que Renato se dedicasse integralmente à composição, vocais e interesses da banda. Nessa mesma época, Fê Lemos reunia outros companheiros e criava o Capital Inicial, banda que teve início com a outra parte das canções do Aborto Elétrico.

Em março de 1986 a Legião Urbana entrava no estúdio para gravar o álbum Dois, lançado em julho. Com os hits Tempo perdido, Quase sem querer, Eduardo e Mônica, Daniel na cova dos leões e Índios, a Legião chegava à consagração, invadindo as rádios, lotando shows e vendendo discos como nunca.

“Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação”

Os versos de Que país é este, composta por Renato Russo em 1978, permaneciam atuais em dezembro de 1987, época do lançamento do terceiro disco da Legião, Que país é este – 1978/1987, que reunia as músicas do Aborto Elétrico e outras composições da Legião. Infelizmente, não pela obra de Renato Russo e sim pela triste situação de nosso país, o quadro é o mesmo de 78 (ou 87).

Dois anos depois, em novembro de 1989, é lançado As Quatro Estações. A Legião volta a ser um trio, com a saída de Renato Rocha. E mais uma enxurrada de sucessos: Há tempos, Pais e Filhos, Quando o sol bater na janela do teu quarto, Eu era um lobisomem juvenil, Monte Castelo, Meninos e Meninas, Se fiquei esperando meu amor passar e Sete cidades.

Em dezembro de 1991 é lançado o disco V, com os sucessos Teatro dos Vampiros (canção inspirada na novela Vamp, de Antonio Calmon), Vento no Litoral, O mundo anda tão complicado, Sereníssima, etc. Em 1992, a Legião faz um disco duplo, com versões de seus sucessos e outras inéditas na voz de Renato, chamado Música para Acampamentos, lançado em dezembro. Em novembro de 1993, vem O Descobrimento do Brasil, com Perfeição, Vamos fazer um filme, Vinte e nove, Giz, Só por hoje, entre outras canções.

Renato em Vôo solo

Em junho de 1994, Renato lança seu primeiro disco solo: A Stonewall Celebration Concert, em homenagem aos 25 anos do movimento ativista gay nos EUA. É a primeira vez que Renato assume em público sua homossexualidade. Na época, em entrevista ao jornal O DIA, em setembro de 1994, Renato revelou sua vontade de gravar um disco somente com canções da música popular brasileira, mas achava que era necessário um tempo para isso. E disse: “ – Imagina eu, gayzão, cantando Aldir Blanc?” – risos. O álbum foi todo gravado em inglês, com músicas como Cherish, de Madonna, e Cathedral Song, de Tanita Tikaram, que ficou popularíssima no Brasil com a versão gravada por Zélia Duncan.

Em dezembro de 1995, seguindo o mesmo formato de Stonewall, Renato lança o segundo disco solo: Equilibrio Distante, desta vez todo gravado em italiano. O disco era dedicado à sua família. As ilustrações da capa foram feitas por seu filho Giuliano Manfredini, na época com sete anos de idade. Destaque para Strani Amori, La Sollitudine, La Forza Della Vitta e uma versão especialíssima para Como uma onda (zen-surfismo), de Lulu Santos e Nelson Motta, que virou Come Fa Un’ Onda, com arranjos de Wave, de João Gilberto.

A volta (breve) da Legião

No ano seguinte a Legião volta aos estúdios para gravar seu último CD. A tempestade – ou O livro dos dias era sombrio, quase confessional nas letras. Lançado em setembro de 1996, é o único disco que não trazia uma das marcas registradas da Legião Urbana em seus encartes: a frase Urbana Legio Omnia Vincit, que, traduzida do latim para o português significa A Legião Urbana tudo vence. Talvez porque a doença teria vencido Renato, que partiria às 1:15 do dia 11 de outubro de 1996, com broncopneumonia, sepicemia e infecção urinária decorrente do HIV, de que era portador há seis anos. Chegava ao fim uma luta contra a doença, e o fim da Legião Urbana, afinal, quem poderia substituir Renato Russo?

Após a morte de Renato, foram lançados vários discos com sobras de estúdio e registros ao vivo: Uma outra estação (1997), O último solo (1997), Acústico MTV (1999), Como é que se diz eu te amo (2001), Renato Russo Presente (2003) e As quatro estações ao vivo (2004), e várias coletâneas, como Mais do Mesmo (1998) e Bis (2000), que reuniu participações de Renato em outros discos, cantando A cruz e a espada com Paulo Ricardo, de 1996, e A Carta, gravada com Erasmo Carlos no disco Homem de Rua, em 1992.

Uma década depois, os discos da Legião Urbana e de Renato Russo continuam vendendo tanto quanto na época de seus respectivos lançamentos. Prova de que a obra de Renato sobrevive ao tempo, que, apesar de tudo, não foi perdido.

DISCOGRAFIA

"Legião Urbana" (EMI, 1984)
"Dois" (EMI, 1986)
"Que país é este? - 1978/1987" (EMI, 1987)
"As quatro estações" (EMI, 1989)
"V" (EMI, 1991)
"Música para acampamentos" (EMI, 1992)
"O descobrimento do Brasil" (EMI, 1993)
"Renato Russo - The Stonewall Celebration Concert" (EMI, 1994)
"Renato Russo - Equilibrio distante" (EMI, 1995)
"A tempestade - ou o livro dos dias" (EMI, 1996)
"Uma outra estação" (EMI, 1997)
"Renato Russo - O último solo" (EMI, 1998)
"Acústico MTV" (EMI, 1999)
"Como é que se diz eu te amo - ao vivo" (EMI, 2001)
"Renato Russo presente" (EMI, 2003)
"As quatro estações - ao vivo" (EMI, 2004)
"O Trovador Solitário" (Discobertas/Coqueiro Verde, 2008)

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